Amados gatos - todo o mundo os ama - excepto quem tiver um coração insensível ou não os entenda. Eis a minha contribuição e apreço para essas maravilhosas criaturas de Deus. Bem hajam, queridos bichanos!

10
Jun 08

Kika_bola-1.JPGPois é, a gatinha Kika apareceu vinda pelo telhado, a miar à janela da marquise da cozinha, com muita fome… Todos os dias vinha à mesma hora, esfomeada, comia e voltava pelo mesmo caminho. Quando chegava ao cimo do telhado olhava longamente para mim e, tristemente, ia-se embora.
Dava-lhe da ração dos cães na falta de ração de gato e sempre um pires de leite. Após a morte do gato Floquinho eu tinha oferecido as rações e petiscos para gato que tinha em casa.

Ela estava tão mal tratada, coitada, que fui cuidando dela, escovando, comprando comida própria, uns petisquinhos, etc.

Eu bem sabia que ela tinha dona, logo ao virar da esquina; mas se aquilo era uma dona… eu sou um tigre! Sempre a dizer que a gatinha tinha muita comida e lhe comprava ração boa e eu a saber pela minha empregada que lá viveu num anexo que ela quase nunca dava comida e, quando dava eram os restos do peixe, mais espinhas que outra coisa.
Já a mãe desta gatinha também era muito maltratada e acabou por desaparecer.
Quantas noites a minha empregada a recolheu do frio e chuva pois a dona não queria saber.

A malvada deixava a Kika dormir ao frio, desabrigada, em cima duma cadeira e debaixo dum telheiro que nem paredes laterais tinha.
Um dia, ao passar, perguntei-lhe se a gatinha dormia ali e ela respondeu que sim, que ficava bem e estava muit0o quentinha porque a cadeira tinha um forro. Deus me valha! Que ela não podia estar dentro de casa porque o cãozinho e ela não se davam bem. Agora havia lá um cão que a filha lhe tinha oferecido. Então, a Kika foi posta fora.
Onde é que já se viu tal coisa? Assim, sem mais nem menos, se deixa uma coisinha fofinha como esta ao frio? Esta gente não tem coração! Nem entendo se são maus, insensíveis ou parvos, sei lá!
E ainda julgam que os outros também são!

A Kika acabou por ficar cá em casa e nem quer saber da janela aberta. Até foge dela para eu não a mandar para a outra dona.
Aqui em casa se sente bem e é aqui que quer estar.
Começou a dormitar em cima duma manta, ao pé da janela e adorava apanhar sol ali mesmo.
Vagueia pelo quintal mas nunca salta as vedações. Toma o seu sol, brinca com as lagartixas, folhinhas, formigas, etc. e volta para casa quando o sol se vai ou quando tem fome.
Mia e canta para mim pois o miado dela para me chamar é modulado e comprido, tem entoação.
Sinceramente, estou encantada com esta gatinha.

Não que eu precisasse de mais um animal. Não que eu não saiba da carestia para os tratar bem.
Não que eu não saiba do trabalho, pois nunca consegui conviver com um animal sem lhe dar tudo quanto ele merece. E eles sempre me pagam em carinho e amor.

A dona começou a perguntar por ela e eu disse-lhe que ela estava cá e se ma dava.
Que não, porque gostava muito da gata e já tinha gasto muito dinheiro para a castrar. Há cada uma!
Fiz ouvidos de mercador e nunca mais a mandei de volta. Vacinei-a, e o veterinário aconselhou amputar a cauda quase toda porque estava partida e insensível ao toque. Infelizmente esse mesmo veterinário não viu que os danos eram bem maiores.

Mas há veterinários e veterinários. É assim como os n/médicos: há médicos e sapateiros.

Voltei a falar com a dona dela e disse que ela precisava da cauda amputada porque poderia gangrenar por causa de andar a bater com a cauda em todo o lado.
Resposta: - Não senhora porque a gata fica muito feia sem cauda! Ela ficou assim desde que foi castrada. A veterinária disse que tocaram num nervo, sem querer, mas que não tinha importância nenhuma.
Já viram isto? Então a beleza está primeiro que a saúde? E uma cauda insensível não tem importância?

Esta saga da Kika segue em Janeiro/2009.
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5/2008
Laura

LauraBM às 23:46
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nossa como ela é linda!!!!sou apaixonada por gatos desde crianças,e agora meus filhos estão seguindo meus passos principalmente o caçula,antes tinha 8 gatos agor estou só com 2.
Gostaria de saber o restante da história da kika.
Francis a 20 de Janeiro de 2009 às 19:04

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