Amados gatos - todo o mundo os ama - excepto quem tiver um coração insensível ou não os entenda. Eis a minha contribuição e apreço para essas maravilhosas criaturas de Deus. Bem hajam, queridos bichanos!

26
Fev 05

Flo_urnamoldura.jpgCarta aberta aos meus amigos,

Estou inconsolável, aliás, aqui em casa estamos todos.
Estou seca por dentro e vejo-o em toda a casa, caudinha levantada, olhinhos claros e grandes, a miar e a chamar pelo meu nome, como ele fazia; Alaaaauuuuuuuu. Eu sabia que era comigo e se eu não aparecia ele vinha procurar-me.
Era como um cãozinho, vinha ao meu chamamento, estivesse onde estivesse.
Mesmo que andasse pelos quintais dos vizinhos, logo aparecia a miar como se me perguntasse o que é que eu queria dele.

Foi muito duro, acreditem! O meu belo gatarrão branco, já não existe.
Estou muito pobre. A minha riqueza não é medida em haveres materiais, mas sim em amor, especialmente dos animais com quem sempre me entendi.
O meu cão, o Monty, tem procurado pelo gatinho todo o dia, porque nos viu sair com ele, logo de manhã.
Cheira os locais onde ele costumava estar e procura por ele, de pé, no local onde via a cestinha do gato.

Depois, sentei-me aqui, no computador e repassei o v/correio, sem coragem de lhes contar o sucedido. O Monty, vem ter comigo. Com aqueles grandes olhos castanhos, sobe na cadeira ao lado da minha que aqui está sempre, para ele, põe a patinha no meu peito e olha directo para mim, como a perguntar o que é que se passa.
O seu companheiro desapareceu e a dona chora que nem uma Madalena arrependida.
Já tentou lamber-me as lágrimas e deitou-se aqui a olhar para mim.

Pronto, meus amigos. Resta acrescentar que, nestes últimos tempos, o gatinho dormia dentro da sua cestinha, bem quentinho e tapado, sobre a minha cama. Muitas vezes, de noite, quando o ouvia mais aflito com o narizinho entupido, me sentava na cama e o afagava até ele sossegar.
Estava com câncer no nariz. Infelizmente nada havia que se pudesse fazer pois o nariz é uma zona que estão permanentemente a lavar e a bater com ele em todo o lado.
O colar, não era para ele, porque se deitava sem se mexer, sempre que lho punham. Não comia, nem bebia, nem se levantava. Não servia de nada!
Descansa em paz, meu amigo de 12 anos!

Já tinha perdido o meu cão Labrador com uma doença incurável - a Leishmaniosis - picada de mosquito, em 2001.
Também o adormeci, assim que o vi muito mal. Sofrimento para os meus amores?... Jamais! Não suportaria!

E nos meus braços se foram, os meus dois amores.
Estarão no céu, ajudando a dona, em horas de sofrimento?
Assim o creio porque os animais não têm maldade.
Além de puros e previsíveis, adoram os seus donos.
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24/01/2005
Laura B. Martins

LauraBM às 01:01
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